Os Benefícios dos "verdes" para o Bem-Estar.
Gostas da cor VERDE?
Sabes quais são os benefícios desta cor, bastando simplesmente estar na sua presença e olhar para ela?
Já ouviste falar nos banhos de floresta?
Porque é que algumas pessoas não gostam de alimentos verdes e outros adoram?
Como podemos incrementar o consumo de verdes no nosso dia-a-dia de forma mais fácil?
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Ao nível da terapia das cores, a cor verde ajuda a diminuir o stress e a promover o equilíbrio interno.
É uma cor que possui uma ação refrescante e calmante, e tem imensos benefícios ao nível do fortalecimento da nossa imunidade, equilíbrio mental e físico.
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Os Japoneses há já vários anos adotaram o método Shinrin Yoku, que em portugues significa Banhos de Floresta.
Vários estudos científicos mostram os reais benefícios deste contacto com a Natureza.
Li o livro Shinrin-Yoku - A Arte Japonesa da Terapia da Floresta de Qing Li, e fiquei maravilhada com este conceito. Uau! O poder regenerador que a Natureza tem sobre nós, é mesmo incrível. E isso influencia a nossa saúde, e claro, as nossas emoções também.
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E se a cor verde tem este efeito poderoso em nós, mesmo sem que seja necessário tocar-lhe, imagina se tocarmos mesmo...
Lembras-te das histórias da tua avó/bisavó em que as dores articulares eram tratadas com emplastros de folhas verdes?
Pois é, as Mulheres antigamente utilizavam essa terapêutica nas mamas, até mesmo para ajudar na cura de inflamações nos mamilos e mastites.
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Então se as comermos?
Ajudam a regenerar as nossas células e a oxigenar o nosso sangue (o sangue é uma transmutação da clorofila).
Se olharmos com atenção, as folhas verdes são muito similares aos alvéolos dos nossos pulmões.
Eu que sempre tive asma desde que me conheço, agora consumindo verduras diariamente, sinto uma diferença enorme ao respirar. Mais fácil e mais eficaz.
O consumo de verduras diariamente costuma ser recomendado principalmente para pessoas que têm ou tiveram alguma doença oncológica, precisamente pelo seu poder regenerador celular.
Agora, o que é certo é que muitas pessoas não estão habituadas a sabores tão simples como dos brócolos, das folhas de couve coração, repolho ou couve portuguesa, nabiças, todas as ramas de raízes, agriões, beldroegas, grelos, e por aí adiante. Se consumimos regularmente alimentos com um teor de sal, açúcar e gordura mais elevados, é normal que seja enfadonho consumir legumes e principalmente verduras.
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Para re-educarmos o nosso palato a sabores mais simples, é mesmo necessário uma redução desses alimentos mais industrializados, como batatas fritas ou outro tipo de chips empacotados, pizzas, hambúrgueres, lasanhas e outras refeições pré-confecionadas, salsichas, gomas, chocolates, bolachas, refrigerantes, queijos, ketchups, picantes, refrigerantes, sobremesas açucaradas e afins.
Em substituição, poderemos optar por alimentos mais simples, integrais e inteiros, o mínimo processados possível, tais como os cereais integrais, leguminosas e seus derivados, legumes variados, raízes, verduras, algas e picles sem açúcar, frutos secos, frutas, bagas, sementes, temperos e adoçantes suaves e naturais.
E quanto às crianças, na minha opinião são fases: 1º gostam, depois deixam de gostar, e mais tarde voltam a gostar destes sabores mais simples das verduras.
É necessário não deixar de apresentar estes alimentos primários, pois o paladar das crianças está em constante transformação até à idade adulta. Dizem os estudos que há uma mudança de paladar de 7 em 7 anos, porém, nas crianças o feedback é bem diferente. Podem mudar de gosto de um dia para o outro e com ciclos de duração muito mais curtos. Vai depender também do seu estado de espírito, da sua estabilidade emocional. E claro, dependerá também da criança em si.
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Falemos agora de soluções
Confecção
Sugiro os seguintes métodos: escaldar, vapor e saltear. Porque preservam mais propriedades, textura e sabor.
O que se pretende é que as verduras, mesmo após a sua confeção, mantenham a sua cor verde viva e crocância (crucíferas).
Tempero
Para seduzir as pessoas mais resistentes às verduras, é sempre interessante a preparação de vinagretes com temperos naturais e sem açúcares refinados adicionados. Maionese com natas de soja ou tofu e manjericão, ou molhos à base de tahine (pasta de sementes de sésamo) ou pasta de amendoim ou de amêndoa, sal e sumo de limão. Ir variando os temperos é mesmo o ideal.
Para te ajudar neste processo, espreita as receitas de Maionese Vegetal e de Vinagrete de Mostarda no meu blog!
Apresentação
Legumes cozidos, molengões, sem temperos e servidos num prato à colherada, não parecem atrair ninguém. Então a minha proposta é dispormos as verduras no prato com atenção e cuidado, numa posição mais ascendente, piramidal se quiserem, como se fosse uma árvore, a apontar para o céu. E incluir um pouco de verduras como acompanhamento aos pratos favoritos lá em casa.
Para as crianças, as apresentações divertidas fazem sempre mais sucesso.
Que tal um creme de legumes roxos? Com batata doce roxa, couve roxa e cebola roxa? Ou fazer uns rolinhos de couve recheados, em substituição dos conhecidos wraps?
E assim, de forma diferente e colorida, vão-se acostumando a consumir legumes e principalmente verduras.